quinta-feira, 5 de junho de 2014

Nem “coiso” nem sai de cima.

Tenho uma concepção (demasiado idealista para os tempos que correm) que ser político é um acto de servir e não para se servir.
Falo disto à vontade porque eu próprio já fui político e até o fui em termos profissionais, rejeitando sempre a ideia de fazer da política profissão, mesmo que pelas bandas por onde andei o termo fosse o de “revolucionário profissional”. Claro que no meu caso saí pelo meu pé quando achei que era a altura e tentei voltar à minha anterior profissão, o que não consegui porque a mesma caminhava para a extinção. Claro que tive que me fazer à vida e aprender outra.

Como penso que qualquer solução politica para o nosso País, passa em primeiro plano pelo PS, acompanho com atenção o que se vai passando no interior deste partido. Quem foi lendo os meus escritos neste blog sabe que alguma animosidade que deste texto possa ressaltar em relação a António José Seguro não é novidade, falo naturalmente em termos políticos, pois do ponto de vista pessoal, nada tenho contra esta figura.
Na verdade ao longo do reinado do seu antecessor também fui manifestando sérias criticas pois era por demais evidente que aquele estilo (chamado de Socrático) levaria o PS a uma situação demasiado penosa para este partido e consequentemente para o País e a destruição da vida de centenas de milhares de Portugueses.
Ainda na era Socrática defendi que era urgente alterações ao nível da direcção a começar pelo secretário-geral que impedissem que Sócrates se tornasse o Coveiro do PS.

Como vozes de “folhas secas” não chegam ao Largo do Rato e por ali a regra de ouro (até agora) é a de que o timoneiro "escolhido" ter de levar o barco até ao fim, sem a preocupação de escolher o bom ou o mau porto, aconteceu o que sabemos com as desgraçadas consequências que sentimos, naturalmente uns mais do que outros.

Creio que os opositores de A.J.Seguro, já esgrimiram argumentos de sobra para se concluir que por bom rapazinho que seja, por muita legitimidade que tenha, não é o líder que o PS precisa para convencer os Portugueses a entregar-lhe por uma maioria significativa o poder. Claro que  a correlação de forças no interior do PS não se mede por opiniões políticas, mas muito pelos interesses instalados, António Costa tem uma tarefa difícil, sobretudo quando encontra um “adversário”  que parece capaz de tudo para impedir a mais que evidente e necessária mudança de timoneiro e naturalmente de parte considerável da tripulação.

1 comentário:

Rosa dos Ventos disse...

Acontece que os estatutos do partido fazem dele refém! :(

Abraço