terça-feira, 6 de agosto de 2013

Eu tomo partido pela minha terra.

Sou apologista de que a Democracia assenta na base do funcionamento de partidos políticos. Não vale a pena referenciar o autor deste princípio por ser suficientemente conhecido há largas décadas e na verdade ainda não foi inventado um melhor sistema Democrático.
Claro que a ideia adjacente, pressupõe a existência de movimentos de cidadãos organizados nos variados campos sociais e sindicais. Não concebo a Democracia refém dos partidos e em movimentos (exclusivamente satélites dos mesmos) pois se assim fosse, deixava de o ser.
 
Mas para que os partidos cumpram a sua função é absolutamente necessário que no seu interior funcione uma ampla democracia interna, o que pelo que conheço está cada vez mais reduzida.
Apesar do momento politico que vivemos no País, é um facto que as estruturas partidárias locais estão bastante atarefadas com as próximas eleições para o poder local. Atrevo-me até a dizer que a intensidade da luta necessária para derrubar esta calamidade que dá pelo nome de governo estará a ser prejudicada pela ânsia de um lugar numa qualquer lista a um qualquer dos milhares de lugares disponíveis, pois grande parte deles são remunerados e em alturas de crise, nem que sejam só uns trocos, dão sempre jeito.
 
O que digo no parágrafo anterior não tem a pretensão de caracterizar a situação a nível nacional. Como vivo na província, mas numa terra que desde sempre foi bastante politizada, limito-me (provavelmente errando) a projectar para outros Concelhos a situação aqui vivida.
Se nos partidos do arco do poder (aqui assenta no PS e PCP) houvesse Democracia interna a escolhas das listas seria antecedida de um amplo debate interno para que fossem escolhidos os melhores e mais capazes. De facto não aconteceu. Se de um lado se pratica a velha ideia de que em equipa que ganha não se mexe, do outro apresentam-se os disponíveis e “oferecidos”, não significa de forma alguma, que não reconheça no conjunto dos candidatos, membros bastante válidos que se o voto fosse nominal não teria duvidas em votar nalguns.
 
Toda esta conversa para me questionar se não estarei a cair em contradição. Se defendo que os partidos políticos são a base da democracia, porque é que me tornei apoiante de um movimento independente? Fi-lo porque não encontro num dos dois partidos potencialmente ganhadores e onde me situo ideologicamente, listas capazes de gerir os destinos da minha terra, como ela necessita. Fi-lo porque encontro na lista independente do + Concelho, essa lista.
 
Eu tomo partido pela minha terra.
 


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