quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Caso Perdido



Mais uma vez uso o You Tube para publicar um post (neste caso republico uma canção que me diz algo e que me apeteceu ouvir). Desculpem, inspiração não falta, mas não  consigo escrever tanta e tanta coisa que anda por aqui atravessada. Não sai pronto!
Aos amigos que me contactam por mail, agradeço que o façam pelo o que está neste blogue. rmanuel@net.sapo.pt
 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A implosão anunciada


Houve tempos em que os intelectuais marcavam a vida do país. Um manifesto, um ensaio, um romance, um poema, um simples artigo podiam abalar o marasmo estabelecido e sublevar as consciências. Por isso, de vez em quando, filósofos, romancistas, professores, jornalistas e poetas eram presos. Não só na vigência do Estado Novo. Antes do 5 de Outubro, agora outra vez banido, já Guerra Junqueiro tinha acabado com a Monarquia. Durante a Ditadura, livros, poemas e até canções, apesar da censura e da repressão, foram subvertendo o regime antes de ele ser derrubado. Mas parece que a Democracia tirou espaço e voz aos intelectuais. Ou porque desistiram, ou porque não intervêm, ou porque foram abafados pelo frenesim da notícia e do comentário, ou ainda porque não há lugar para eles nos aparelhos políticos e outros que dominam a vida pública. Mas eis que algo de novo aconteceu. Dois textos revolucionários, que são, em si mesmos, uma sublevação. Não foram escritos por nenhum político, muito menos por nenhum economista, mas por um filósofo e um poeta - José Gil, "O roubo do presente", artigo publicado numa revista ; Nuno Júdice, e o seu romance Implosão, editado pela D. Quixote. Não sei o que vai acontecer, sei que nada ficará na mesma depois destes dois textos. Eles já abateram moralmente este governo e o contexto em que subjaz. Vejamos José Gil: "Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspectivas de vida social, cultural e económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida." Resultado: "o português foi expulso do seu próprio espaço, continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo." "Este governo transforma-nos em espantalhos..." VER MAIS

Por MANUEL ALEGRE*Ontem no "DN"

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Canção do desterro - Helena Sarmento


Canção do Desterro (Zeca Afonso) por Helena Sarmento no álbum "Fado Azul"
Guitarra Portuguesa: Samuel Cabral

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Desesperados, anónimos


Noite de reunião imaginária. Empresários anónimos. Como alcoólicos anónimos, toxicodependentes anónimos... Entra-se sem dar o nome. É sentar e ouvir. E falar. Levantou a mão. O ambiente é duro. Há que confessar, reconhecer o crime, matutar nas falhas. Disse:
"Eu também criei uma empresa. Era uma coisa pequena ao princípio, uma boa localização, eu, a minha mulher e uma funcionária que ajudava na cozinha..."
 ('Ramiro Moreira' tinha aberto um restaurante há uns anos. Alinhou umas receitas especiais, havia trabalhado na restauração, juntou um dinheiro com a ajuda de uns biscates e gorjetas. E avançou, há 20 anos. Agora estava ali porque um amigo o levou... O desespero está-lhe na cara.) VER MAIS

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Canção do convés


Faixa do CD "Pelo sonho é que fomos", inteiramente escrito por Joaquim Pessoa e com músicas de vários compositores: Jorge Palma, Carlos Mendes, Fernando Tordo, José Mário Branco, Samuel, Vitorino, Paco Bandeira e Nuno Nazareth Fernandes.
Nesta tema, "Canção do Convés" (música de Samuel), cantam, por ordem de "entrada em cena", Samuel, Manuel Freire, Carlos Mendes e Paco Bandeira.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Grândola, Vila Morena

No café (que dava pelo nome pomposo de salão de chá) que frequentava nos tempos imediatamente anteriores ao 25 de Abril, existia uma daquelas máquinas toca discos (Jukebox) onde havia dois discos que ouvia com alguma frequência em troco dos vinte e cinco tostões que era preciso enfiar numa determinada ranhura. Lá estava a Grândola do Zeca Afonso.

Foram muitas as vezes que ouvi e fiz ouvir esta canção que mais tarde se tornaria o símbolo do 25 de Abril depois de cumprir o seu papel de senha para o arranque vitorioso naquela madrugada de Abril. Sou dos que tenho questionado se as formas tradicionais e repetitivas de luta não cansariam os habituais participantes e pouca atracção teriam sobre os novos. A utilização da “Grândola” mostra que nem tudo o que é “velho” está gasto, desde que usado com inteligência, nos momentos oportunos e necessários. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fim...

Será que cheguei ao fim de todos os caminhos
E só resta a possibilidade de permanecer?
Será a Verdade apenas um incentivo à caminhada
Ou será ela a própria caminhada?
Terão mentido os que surgiram da treva e gritaram - Espírito!
E gritaram - Coragem!
Rasgarei as mãos nas pedras da enorme muralha
Que fecha tudo à libertação?
Lançarei meu corpo à vala comum dos falidos
Ou cairei lutando contra o impossível que antolha-me os passos
Apenas pela glória de tombar lutando?
Será que eu cheguei ao fim de todos os caminhos…
Ao fim de todos os caminhos?

Vinícius de Morais

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ABRIL MURCHOU?


Surripiado ao João Felgueiras (via Facebook)

Tema do trabalho discográfico "Estas palavras "
de Miguel Calhaz (letra, música, voz e contrabaixo), que tem como convidados Marco Figueiredo(piano) Leandro Leonet(bateria) Joao Gentil(acordeão) e Rita Marques(vozes). Gravado, misturado e masterizado por J.Ferraz na Quinta da Música estúdio áudio em 2012