terça-feira, 30 de agosto de 2011

A luta Continua! (mas, nada de misturas)

Ao dar uma volta pelas notícias do dia e não só, soube que a CGTP marcou para o dia 1 De Outubro uma Jornada Nacional de protesto.


Ao dar uma volta pelos meus blogues de referência descubro no "Entre as Brumas da Memória” que um conjunto de “organizações” cujo cunho principal é o seu “Apartidarismo” ,também marcou uma série de acções de protesto para o dia 15 de Outubro.

A Primeira questão é a justeza das acções marcadas que certamente não ficarão por aqui.
Sim. Sem qualquer dúvida que é preciso mostrar a quem dirige os destinos do País que apesar da legitimidade obtida nas últimas eleições, isso não lhes dá o direito de fazerem o que querem como se Portugal lhes caísse nas mãos como se de uma herança se tratasse e toca a vender a torto e a direito o que lhes vier à gana para sustentar “ vícios” antecipadamente adquiridos.

A justeza destas acções também mais se justificam porque os nossos “governantes” querendo mostrar que são bons alunos, estão a ir muito mais depressa na destruição do já débil nível de vida de vários extractos da nossa população, do que o famigerado acordo com a Troika “obriga”.

Agora há uma questão de fundo que me preocupa. Trata-se do “pretenso” apartidarismo destas últimas organizações, porque da primeira não será necessário falar, ou será antes um complexo sobre o ter ligações implícitas ou explicitas com os Partidos existentes. Será esta a questão? Ou será a incapacidade dos actuais partidos de esquerda atraírem para as suas fileiras ou criar simpatias nesta nova geração que quer ir à luta mas não se consegue rever nas convocadas pelas organizações tradicionais?

Fico preocupado. Porque apesar de conhecer a facilidade com que as novas tecnologias permitem a comunicação, elas não permitem a organização necessária para que uma qualquer acção (tenha a expressão que tiver) tenha consequências e não passe de “folclore”. Creio que os promotores “apartidários” têm que perceber que basta um apagão no facebook para tudo ruir. Os dirigentes partidários também têm que entender que estão a perder a capacidade de atracção, quanto a mim porque se tornaram grupos fechados sem discussão e sem iniciativa. A minha preocupação prende-se com o facto de que sou dos que acredita que “a Democracia é o pior de todos sistemas à excepção de todos os outros” e sem partidos actuantes não há democracia, ou a mesma tornar-se-á demasiado débil.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Praia da minha Vida. S. Pedro de Moel

Um dos meus Bloggers de referência, Carlos Barbosa de Oliveira, alimenta um Blogue multifacetado, onde trata com mestría os mais variados temas da actualidade mas não só.   "Crónicas do Rochedo".
Numa iniciativa adequada ao período de férias, lançou um desafio. Com o objectivo de levar os seus leitores a escrever sobre "as praias das suas vidas".
Poucos dias antes de o Carlos lançar o desafio tinha escrito um post sobre as minhas memórias de infância, post este com que participei.
Ontem ofereceu aos participantes a foto acima reproduzida. Aceitei-a com gosto. No entanto apoderou-se de mim uma profunda tristeza porque a Praia da minha vida, fruto da incúria dos homens já quase não está lá!
Para além da eminente derrocada das belas e emblemáticas Arribas, tambem a areia práticamente desapareceu. Será que um dia a "minha Praia" voltará a ser a mesma?                              Antes (foto retirada do Google)                              Agora (Foto retirada do Jornal da Marinha Grande)

domingo, 28 de agosto de 2011

“Os ricos que paguem a crise”. Era o que mais faltava!

Creio ficar no anedotário político financeiro do País um dos principais motivos de discussão “estéril” da semana que hoje termina.

Como bons seguidores do que lá por fora se faz, bastou que um americano e um Francês se dispusessem a aceitar pagar impostos sobre as suas fortunas, para que à pala disso se voltasse a discutir como fazer com que os ricos, por terras Lusas fossem obrigados a pagar também a sua parte da grave crise existente.

Por aqui até houve um dos chamados ricos (que deixou no ultimo campeonato de fazer parte dos ( principais 17 suponho) que logo se pôs a jeito para também dar o seu contributo.

Há coisas de que me rio embora a vontade seja a de chorar. Chamei-lhe anedota porque se eu fosse rico (coisa que infelizmente não sou) se tivesse um vasto património (coisa que também não tenho) umas contas caladas em off shores (coisa que também não) uns milhões aplicados em fundos e acções de empresas lucrativas (coisa que idem… idem). Rapidamente, se sobre isso fosse colectado, passaria de mãos à velocidade de um relâmpago. Tretas!

Um conhecido “trabalhador” que apostou umas economias na principal petrolífera Nacional (entre outros pequenos investimentos) que lhe têm dado uns trocos, achou que não devia participar nessa tal colecta, que não passou de uma hipótese. Antes pelo contrário, vejamos. Um tal de Irene que se abateu sobre a costa de um dos Estados Unidos que provocou vários mortos uns tantos feridos e alguma devastação que no momento parece que o pior já passou, não deixou de ser argumento para que as consequências por aqui se façam sentir com o já decidido aumento dos combustíveis na semana que vai começar.

Pronto. O tal "trabalhador" apenas vai ganhar mais uns trocos que não devem ser tributados. Claro!

Poema destinado a haver Domingo

                                             
 Bastam-me as cinco pontas de uma estrela
E a cor dum navio em movimento
E como ave, ficar parada a vê-la
E como flor, qualquer odor no vento.

Basta-me a lua ter aqui deixado
Um luminoso fio de cabelo
Para levar o céu todo enrolado
Na discreta ambição do meu novelo.

Só há espigas a crescer comigo
Numa seara para passear a pé
Esta distância achada pelo trigo
Que me dá só o pão daquilo que é.

Deixem ao dia a cama de um domingo
Para deitar um lírio que lhe sobre.
E a tarde cor-de-rosa de um flamingo
Seja o tecto da casa que me cobre

Baste o que o tempo traz na sua anilha
Como uma rosa traz Abril no seio.
E que o mar dê o fruto duma ilha
Onde o Amor por fim tenha recreio.

Natália Correia
Poesia Completa
Publicações Dom Quixote
1999

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como um sonho acordado


No momento em que morrem, homens mulheres e crianças inocentes, numa guerra a que só a estupidez dos homens e interesses "duvidosos" pode fomentar, ocorreu-me como forma de aliviar a angustia sentida, ouvir esta obra prima originalmente cantada pelo Fausto Bordalo Dias e aqui recriada magnificamente pelos 3 cantos. Fica a partillha.

Quem manda, quem é?


Deven Sharna vai deixar o cargo de presidente da Standard & Poor's (S&P). O anúncio surge semanas depois de a agência de notação financeira ter baixado o 'rating' dos EUA, uma decisão que causou muita polémica, mas a saída não estará relacionada com este caso.
A notícia foi avançada pelo Financial Times e confirmada pela McGraw-Hill, grupo ao qual pertence a S&P. Sharma, que trabalha na agência desde 2007, deixará o cargo a 12 de Setembro e será substituído por Douglas Peterson, chefe de operações do Citibank, banco do Citigroup.
De acordo com o El Mundo, que cita o Financial Times, a demissão de Sharma não está relacionada com a redução do rating dos EUA nem com a investigação do departamento de Justiça dos EUA à alegada fraude cometida na classificação do risco dos créditos hipotecários que levaram à crise do 'subprime'.

O conselho de administração da McGraw-Hill terá tomado a decisão durante uma reunião em que foram discutidas as estratégias da agência de notação financeira.

por DN.ptHoje

sábado, 20 de agosto de 2011

Os Amigos são para as ocasiões, não é?


Alberto João Jardim anunciou esta noite que o Governo regional vai “fazer um acordo com o actual Governo da República” para “resolver o problema financeiro” da Madeira.
Em causa, revelou o líder do PSD-M no comício de rentrée do PSD no Porto Santo, está a “liquidez que precisamos para pagar aos fornecedores em atraso”.

Jardim assumiu que preferiu “fazer a derrapem financeira”, detectada pela troika no montante de 277 milhões, “para não se render e não parar com tudo”. Teve de optar, disse, “como no boxe, entre atirar a toalha ao chão e resistir”, ou, para “não parar uma série de coisas”, enfrentar e aguentar a dívida da Madeira”.

O líder do PSD-M voltou a responsabilizar o anterior executivo de Jose Sócrates pela actual situação financeira da região. E, após críticas à direcção do centro regional da RTP, acusada de favorecer a oposição regional, o líder do PSD, pedindo o afastamento da administração desta empresa pública, exigiu saber do Governo de Pedro Passos Coelho “se a maçonaria está por detrás do acordo para manter na televisão os socialistas”.

Reiterando ser “contra o regime político da Constituição de 1976”, e contra o capitalismo que provocou a crise internacional, Jardim disse que nunca teve “ligações a sociedades secretas ou grupos económicos”. E defendeu que “hoje não há solução para Portugal se não houver um 26 de Abril”.

No comício, Jardim confirmou a saída de Roberto Silva – ontem acusado pelo Ministério Público de crimes de homicídio por negligência no caso da queda da palmeira que há um ano provocou a morte de duas pessoas, durante o comício do PSD no Porto Santo – da presidência da câmara desta ilha para “reforçar o PSD na Assembleia” da Madeira. O município passa a ser gerido pela arquitecta Fátima Menezes.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Garcia Lorca 75 Anos Depois

Recordar os nossos mortos e a forma como e porque morreram é uma forma de alertarmos para acontecimentos que já há muito deviam estar erradicados. Infelizmente sabemos que não. Todos os dias são assassinados brutalmente, homens, mulheres e crianças que apenas lutam pela dignidade do ser humano.

Sobre Garcia Lorca alguns dos bloggers que acompanho publicaram posts que me deixaram extremamente sensibilizado, não só pela homenagem como pela revelação de algumas coisas que para mim são inéditas.
Provavelmete pode ter escapado algum. Se assim for acrescentarei logo que eventualmente o detecte.

Aqui ficam os links:

Ariel em "Cirandando"
Ana Paula Fitas em "a Nossa Candeia"
Joana Lopes "Entre as Brumas da Memória"
Osvaldo Castro em "A Carta a Garcia"
Rogério Pereira em "Conversa Avinagrada"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Indiferença

Creio que uma das consequências de muito do que se está a passar em Portugal e no mundo é a indiferença com olhamos para o que de mal vai acontecendo aos outros.

Quando ”vemos ouvimos e lemos “ os números do desemprego, o números de falências, o números de pessoas sem médico de família, o custo dos medicamentos, o número de pessoas sem-abrigo, o número de pessoas que ficaram sem casa por não a conseguirem pagar, o número de professores sem colocação, o número de pessoas que diariamente se suicidam. Vamos ficando indiferentes e limitamo-nos a lamentar.

Quantos de nós nos interrogamos se amanhã nos podemos encontrar numa destas situações. Quantos de nós percebemos que tudo isto foi acontecendo gradualmente e muitos dos que já vivem numa destas situações também foram indiferentes antes de a desgraça lhe bater à porta?

Esta Sociedade, este mundo para além de todos os males que deixámos que lhe fizessem, pôs-nos a olhar para o umbigo, tornou-nos egoístas. Até que um dia, quem sabe também nós faremos parte das estatísticas.

Que a indiferença que sobre nós se abate não se torne no nosso próprio carrasco.

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Bertolt Brecht

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

As ofensas provocam inevitavelmente Conflitos.

Nasci na casa da minha Avó na Marinha Grande. Uma casa que sempre adorei, que apesar de se encontrar praticamente no centro do que é hoje uma cidade, nunca teve luz eléctrica e muito menos água canalizada. Quando tinha 5 anos a família foi contemplada com uma casa atribuída pelo património dos pobres, uma instituição ligada à igreja, dada a ausência de condições para lá continuamos a viver. Um único salário na casa e a doença permanente da minha Mãe contribuíram para essa benesse.

A nova casa tinha as condições mínimas para se viver. Recordo a discussão com o meu irmão mais velho (éramos só dois, viriam mais tarde outros dois) para escolher a cama do quarto que seria o nosso.

Esta casa situava-se (já não existe) no Pinhal da Feira onde está hoje o estádio municipal e a zona desportiva, para além de ser atravessado pela ribeira das Bernardas.

Electricidade e água canalizada também eram "luxos" que não estavam ao nosso alcance.
Para nos alumiarmos havia dois ou três candeeiros a petróleo. O abastecimento de água era feito através de um poço colectivo cuja qualidade da água era suspeita e só se utilizava para as coisas menos perigosas. Para consumo humano recorríamos a uma fonte conhecida pela “biquinha”. A minha mãe lá ia com o cântaro à cabeça e nós com garrafões de 5 litros.

Luxos, como um simples frigorífico ou qualquer outro electrodoméstico estavam-nos vedados.
Claro que também não havia iluminação publica o que tornava a rua num local pouco aconselhável para passar o tempo. Restava-nos a leitura, mas pouco porque o petróleo era caro e nem sempre conseguíamos enganar os País prolongando o tempo pré-determinado.

Teria para aí 13 anos quando finalmente a luz e mais ou menos na mesma altura, a água chegaram. Uma sensação indiscritível. Também já éramos gente!

Estas memórias que notícias dos últimos dias avivaram, dado que muitas famílias hoje já não conseguem pagar a electricidade e ficam sem a poder utilizar, acrescentando o brutal aumento do Iva programado, a situação vai inevitavelmente piorar.

Quando ouvimos o actual primeiro-ministro afirmar que o "Caminho da conflitualidade não é o que desejamos para Portugal" que se pode entender quando provoca um aumento desta natureza num produto essencial para o mínimo de dignidade do ser humano. Sim! É uma ofensa e as ofensas provocam inevitavelmente conflitos.

domingo, 14 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

“Vamos fazer aquilo que tem que ser feito”.

Ainda a procissão está no Adro e já se começa a perceber o sarilho em que estamos metidos. (isto para quem tivesse duvidas)

Pelos vistos passámos com distinção a primeira fase do “célebre” acordo assinado com a Troika pelo governo de José Sócrates tendo por avalistas do dito, o PSD e o CDS.

Começa a questionar-se se José Sócrates, se mantivesse como primeiro ministro, as coisas não se tornariam tão gravosas para Portugal e Portugueses. Questiona-se mesmo se o tal de PEC IV não tivesse sido chumbado por toda a oposição de direita e esquerda unanimemente (coisa rara ou até inédita) estaríamos a enfrentar uma tão dificil e complicada situação

Dando razão ao velho ditado de que “atrás de mim virá quem bom de mim fará” está a passar-se de uma certa diabolização de que José Sócrates foi vítima, com todas as atoardas e invencionices, para uma certa desculpabilização de erros de que efectivamente foi responsável. Quando falo em José Sócrates incluo o chamado núcleo duro que avalizou os erros, que afirmo terem sido cometidos.

Como é certo que a mesma água não passa duas vezes por baixo da mesma ponte, também é certo que a situação actual de correlação de forças não será alterada com um passa culpas, criando ainda maiores crispações na sociedade Portuguesa.

Por declaração de interesses, convém dizer que embora tenha votado (como sempre fiz) não votei em qualquer dos partidos de direita (como nunca fiz) também não votei no PS (o que fiz durante mais de 20 anos). Procurei sim dar alguma utilidade ao meu voto, tentando contribuir para a manutenção de um deputado do BE no meu Distrito (objectivo não conseguido). Pronto. Não aqueci nem arrefeci.

Quanto a mim, há é que criar alternativas. Embora a actual maioria tenha legitimidade Democrática para governar, não tem legitimidade para se tornar numa comissão liquidatária do País. Os Portugueses também têm legitimidade, para de muitas e variadas formas dizerem que não. De se opor áquilo que parece ser o objectivo de quem “dirige Portugal”.

Portugal tem uma maioria de esquerda que só numericamente não se expressou por razões mais do que escrutinadas.

Que o PS não fique calmamente à espera, 4 longos anos para se substituir na “lógica “ da alternância Democrática. Que o PCP perceba que há mais vida para além dos sindicatos e respectivas centrais que dirige. Que o BE se recomponha do trambolhão, por insistir numa liderança desgastada e encontre o seu rumo certo. Ou seja . O nosso destino não está "dramáticamente" traçado. “vamos fazer aquilo que tem que ser feito”.

Frustração

Frustração

Foi bonito
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Erguem-se muros


Erguem-se muros em volta
do corpo quando nos damos
amor semeia a revolta
que nesse instante calamos

Semeia a revolta e o dia
cobrir-se-á de navios (bis)
há que fazer-nos ao mar
antes que sequem os rios

Secos os rios a noite
tem os caminhos fechados (bis)
Há que fazer-nos ao mar
ou ficaremos cercados

Amor semeia a revolta
antes que sequem os rios...

Fenando Pais

O custo das "Mudanças"

Tenho um amigo com quem mantive uma relação profissional durante anos, que do ponto de vista político/ideológico é a coisa mais complicada que a vida me deu a conhecer.
Dá uma no cravo e outra na ferradura. Tão depressa tem argumentos progressistas como dos mais retrógrados possíveis.

No entanto, alguns anos de convivência com longas horas de conversa, fizeram com que algumas das suas teorias (escangalhadas) me venham de tempos a tempos à memória.
Uma dessas teorias era o retorno à Monarquia do Século 19 argumentando que era o regime mais barato. O rei e tudo o que ali gravitava à sua volta enriqueciam à grande. Toda a Nobreza tinha abundantes privilégios e grandes riquezas.

Defendia o meu amigo que quando o Rei morria os custos da mudança eram mínimos dado que praticamente não havia mais nomeações e como já estava tudo rico, não havia mais gente para se lançar ao pote.

Esta teoria do meu amigo Sousa (ele não se importa) era a contraposição ao que acontece nas Democracias modernas, muda o Governo e há uma mudança generalizada de assessores, especialistas presidentes disto e daquilo. Indemnizações para quem sai antes de tempo porque a cor política é outra e mais uma catrefada de gente que inclui até os motoristas.

Conclusão (do meu amigo) quando um governo sai há uma série de gente que enriqueceu e também sai. Os que saem dão lugar a outros que vão tesos e como tal também vão enriquecer e assim sucessivamente. Claro que eu não estou de acordo com o Sousa, mas pensando bem? Se calhar tem alguma razão.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pois...

Ainda há dias afirmava que não queria saír de Lisboa. Há sempre um lugarzinho disponível. Os amigos servem para as ocasiões, não é?
Santana Lopes a caminho da Santa Casa da Misericórdia


Pedro Santana Lopes foi convidado pelo Governo para ser o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O antigo primeiro-ministro sucederá a Rui Cunha, que foi secretário de Estado da Inserção Social no Governo de António Guterres, na altura em que Ferro Rodrigues estava à frente do ministério da Solidariedade.
Rui Cunha estava no lugar desde 2005, tendo sucedido a Maria José Nogueira Pinto.

Santana é actualmente vereador na Câmara Municipal de Lisboa. O convite deverá ser aceite nos próximos dias.

SOL

É Favor não esquecer a Crise

Surripiado aqui

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Raul Solnado e o aumento do patrão. (2 anos depois da Partida)

As preocupações  do dia a dia  fazem com que esqueçamos coisas tão importantes, como aqueles que nos são queridos e deixaram de estar fisicamente connosco.
Mas há sempre quem se lembre. Com os agradecimentos ao KIM.

Chapéus à Medida...

Confesso que não li a totalidade do celebre acordo da Troika. Primeiro por limitações linguistas, segundo após a tradução, já teria lido e ouvido quase tudo nos media em geral.

Naturalmente que tendo em conta a situação financeira do País “aceitei” a contragosto o pedido de ajuda externa. Naturalmente que sabia que ninguém dava nada a ninguém sem contrapartidas. Naturalmente que já toda a gente aceita que este acordo vai ser impossível de cumprir e como tal a dívida terá que ser restruturada.

Pelo que já foi demonstrado no negócio (se assim se pode chamar) do BPN vamos assistir, espero que não impávidos e serenos a outros tipos de negócios em que os beneficiados serão uns tantos amigalhaços do Governo que no calhou na rifa.

É deprimente ver que tudo aponta para uma profunda recessão económica e social e as medidas que mais visibilidade obtiveram, foram as que agravam duma forma monstruosa as dificuldades dos que menos podem ao mesmo tempo que assistimos a negociatas, que beneficiam os que mais podem.

Na última fase da governação de José Sócrates a desculpa para as asneiras que iam sendo feitas, tinham como chapéu a crise internacional. Com Passos Coelho vamos assistir à desculpa do acordo da Troika. Cada qual escolhe o chapéu que lhe convém.

Apetece usar aquela velha expressão “ó Palerma, chapéus há muitos”

sábado, 6 de agosto de 2011

Para que a humanidade não esqueça

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas

Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida

A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Vinícius de Moraes

CPL - Conjunto Pauta Livre - Aumento do Custo de Vida

Mais uma canção que vai andar por aí na boca de toda a gente (ou quase)

CPL -- Conjunto Pauta Livre -- Aumento do Custo de Vida, Vinyl, lado A, 1982

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Xiu minino não fala Política


Ouvi o Valdemar Bastos pela primeira vez numa das primeiras Festas do Avante e provavelmente a primeira vez que esteve em Portugal, alías como muitos outros nomes grandes da musica, que através deste evento actuaram pela primeira vez em Portugal. Que assim continue, pois de facto "não há festa como esta."

Nota: Presumo que a letra da canção foi alterada no tempo em que uma violenta guerra civíl se abatia sobre Angola, muito depois da independência.
Penso que na original a Velha Xica dizia: "já posso morrer, já vi Angola independente."

Estados de Espírito (2)

A propósito de um comentário que o Carlos Barbosa de Oliveira me deixou ontem, recuperei um texto que publiquei há quase um ano no "Largo das Calhandreiras"

Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010
Desabafos...
Não sendo um conhecedor da história, ao ponto de me pôr a descrever a cronologia e o evoluir do comportamento das “massas” em relação ao conjunto de acontecimentos que marcaram a nossa “evolução” politica nas últimas 4 décadas. Há um que me parece ter-se perpetuado no tempo e atingindo, quase que uma paranóia nacional nestes últimos meses.
Trata-se de dividir os Portugueses nos “do contra e nos dos a favor”.

Argumento técnicos jurídicos à parte, mais éticas e jurisprudências, nota-se uma tendência para mandar às malvas as citadas, por parte de algumas forças politicas e o entrincheiramento nessas questões por outras. Sinto que se está a querer reduzir à discussão politica, o argumento técnico jurídico, isto é, só discute política quem tem formação “ técnico científica para o fazer” o que reduziria drasticamente o número de pessoas habilitadas a discutir politica. Mais, para simples opinadores, como é o meu caso, que ainda por cima, se atreve a ir deixando por aí algumas opiniões, será caso para dizer a mim próprio, qualquer coisa do tipo “tem mas é juízo”.
Ora bem, como comecei a ter opiniões politicas nos tempos (perdoem-me a imodéstia) em que no meio, os “intelectuais” eram raros e os “analfabetos” abundavam, onde dei os primeiros passos na actividade politica e segundo reza a história foi nos meios operários e camponeses que nasceu a aliança com os militares que fez com que em Portugal houvesse a 25 de Abril de 1974 uma revolução que pôs termo a 48 de ditadura fascista, vou continuar, enquanto isso me for permitido a opinar e se um dia o não for, provavelmente ainda sou capaz de escrever umas letras garrafais numa qualquer parede a jeito, do tipo “ABAIXO QUALQUER COISA”.

Isto para dizer que a discussão politica está hoje limitada ao Parlamento e respectivas comissões parlamentares, eventuais e extraordinárias, passando o restante pelos média, onde surgiu uma nova classe profissional (os comentadores) que segundo parece é das profissões mais bem pagas, a seguir aos jogadores de futebol (é evidente que me refiro aos craques, quer numa, quer noutra). Claro que também há a blogosfera, mas aí há “pano para mangas” que não dá para desenrolar neste post.

Mas a questão que queria deixar, era esta? Onde podem dar a sua opinião os que não tem os meios referidos à sua disposição? Têm que esperar pelas próximas eleições? Têm que esperar que uma qualquer central sindical promova uma manifestação? Sim nós os pagantes (os que ainda conseguimos) vamos andando por aí caladinhos como ratos, ou à espera que nos calhe na rifa o direito a responder a uma qualquer sondagem e aí sentirmos que “até que enfim alguém me pergunta qualquer coisa?”.

Bom fim de semana

Calhandrado por folha seca às Sexta-feira, Agosto 13.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tempo de olhar para o que temos por cá

Luís Baena, 'chef'
"O peixe português é da melhor qualidade do Mundo"(ver link)

"Tudo o que é o produto do mar em Portugal é de qualidade superior. No caso do peixe, digo isto com algum chauvinismo mas fundamentado, o peixe português é da melhor qualidade que se encontra em todo o Mundo", assinala Luís Baena.

O 'chef' do Manifesto, em Lisboa, dá alguns exemplos que corroboram a sua escolha: "Desde Ferrán Adriá [o 'chef' do El Bulli, restaurante três estrelas Michelin], que diz que o melhor peixe do mundo é o português, ou Thomas Keller, em Nova Iorque, que só consome peixe português".

Ele próprio, quando faz apresentações fora do País, opta pelo peixe nacional, e destaca, por exemplo, o caso da cavala, que utilizou num evento para a terceira maior fortuna da Holanda. "É um peixe que desprezamos mas é de óptima qualidade", refere, juntando ainda os salmonetes, o robalo, o cherne e a sardinha, só para falar dos mais conhecidos.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Zeca 82 Anos


Caso tenha dificuldade em encontrar o play, clique no (a) do Zeca.

Será esta a solução preconizada para resolver os problemas em Portugal?


O grupo "Foxconn Technology" vai substituir trabalhadores, durante os próximos três anos, por um milhão de robôs. A empresa de Taiwan, responsável pela montagem do IPhone e do IPad, justifica-se pelos crescentes custos da mão-de-obra.

A empresa, que já foi questionada pelas condições de trabalho, está a planear "usar robôs para as tarefas simples da linha de montagem, como a pulverização e a soldagem, realizadas principalmente por trabalhadores", referiu o presidente da "Foxconn", Terry Gou.O presidente acrescentou ainda que a empresa, que já tem cerca e 10 mil robôs em funcionamento, "vai introduzir, no próximo ano, mais 300 mil, para que a empresa atinja, em 2014, um milhão de aparelhos". As principais motivações serão o corte em despesas operacionais, devido aos crescentes salários dos trabalhadores, e o aumento da eficiência na produção.A "Foxconn", que emprega actualmente 1,2 milhões de trabalhadores, é uma das maiores fabricantes do mundo de componentes informáticos e montagem de produtos para diversas empresas, como a Apple, a Sony e a HP. A questão da mão-de-obra utilizada pela "Foxconn" é, de acordo com a agência de notícias chinesa "Xinhua", uma questão polémica há mais de um ano, quando 11 trabalhadores da empresa se suicidaram.

Ver link acima 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que faz falta!


Sim eu sei que é uma repetição. Mas tudo o que hoje me ocorre está nesta canção do Zeca.