domingo, 31 de julho de 2011

Balada dos Aflitos


BALADA DOS AFLITOS

Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais valia.

Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
lcomo António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.

Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.

Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.

"Acabei de escrever este poema e gostaria de o partilhar com os amigos, Manuel Alegre por Manuel Alegre, quinta, 23 de junho de 2011 às 15:46"
surripiado na página do facebook

quinta-feira, 28 de julho de 2011

We are NOT in the Moody`s | Moody`s, avalia isto!


Vi este vídeo ontem à noite no programa do Mário Crespo. Dá para pensar! O que seríamos capaz de fazer se mobilizados. Se motivados. Se sentíssemos que Portugal estava no rumo certo. Se tivéssemos governantes que nos governassem. Se os sacrifícios fossem distribuídos equitativa e proporcionalmente por todos. Se conseguíssemos olhar para o futuro com confiança. Se sentíssemos que vale a pena.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Às vezes ficamos sem "palavras".

A FÊ BLUE BIRD é uma amiga que dinamiza um blogue com o mesmo nome, que visitei há uns tempos pela primeira vez. A sensibilidade a pesquisa de temas a forma muito pessoal como os trata, faz com que visitado uma vez, dificilmente se deixa de ser visita frequente.

Tem uma forma muito especial de demonstrar as amizades virtuais que vai fazendo. Neste verão decidiu dedicar um post a cada um dos amigos. Ontem foi o meu dia. Acreditem que não é sem uma pontinha de vaidade, que aqui o anuncio.

Para quem quiser visitar o blogue, basta clicar nas letras azuis no início do texto.
Obrigado Fê!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Balada para uma Velhinha

Dedicada aos Avós de todos nós
Balada Para uma Velhinha
Carlos do Carmo
Composição: Ary dos Santos

Num banco de jardim uma velhinha
está tão só com a sombrinha
que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha
está sozinha, não há coisa
mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
não faz dó,
pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
as maneiras
que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim ela
à trepadeira das canseiras
das rugas onde o tempo
é mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha
nunca mais estará sozinha,
o futuro está com ela,
e abrindo ao sol o negro da
sombrinha poidinha,
o sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
a mãe que eu quero,
a mãe que eu tinha,
não havia no mundo outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha
faz desenhos nas pedrinhas
que, afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
são moinhas do filho a desbravar que Deus lhe deu.
E, em volta do seu banco, os
malmequeres e as andorinhas
provam que a minha mãe nunca morreu

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Até coro de vergonha...Correcção

Correcção: Como escrevi abaixo, não costumo dar grande atenção aos mails pretensamente de denuncia que vão aparecendo na minha caixa de correio. A este dei, não sem antes procurar conhecer a veracidade do mesmo. Contactei a pessoa que mo enviou. Consultei algumas fontes. Fiz alguns contactos. Para meu desgosto em todo o lado onde fui a informação era confirmada. Não! Há algumas verdades e mesmo assim desactualizadas. Percebi agora e graças a um comentário que aqui me foi deixado e que muito agradeço, que o principal objectivo era atingir uma figura Nacional com o carísma e prestígio de Jorge Sampaio. Aos acusados injustamente deixo as minhas desculpas tal como aos leitores a quem induzi em erro.
Quanto a mim, de facto sinto vergonha por ter alinhado numa calúnia e tomarei os devidos cuidados para que não volte a acontecer.
Quase diáriamente chegam à minha caixa de correios mails do tipo deste que hoje me chegou. Habitualmente não ligo muito, dado que alguns contém dados nem sempre verídicos. Habitulmente vão para o arquivo, mas este que era encimado por uma das minhas referências na democracia Portuguesa, fez com que pesquisasse mais o assunto. Não consegui apurar tudo, mas pelos vistos é verdade o que à frente se diz. Fico sem palavras e cheio de vergonha.

Fundação Cidade Guimarães"Folha salarial da Fundação Cidade de Guimarães

Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos
administradores e de outros figurões, da Fundação Cidade de Guimarães,criada para Capital da Cultura 2012:

Jorge Sampaio - Presidente do Conselho de Administração:
14.300€ mensais + Carro + Telemóvel + 500€ por reunião

Carla Morais - Administradora Executiva.
12.500€ mensais + Carro + Telemóvel + 300€ por reunião

João B. Serra - Administrador Executivo
12.500€ mensais + Carro + Telemóvel + 300€ por reunião

Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo
2.000€ mensais + 300€ por reunião

Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se
destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 ? por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 ?.


Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano (dinheiro injectado pelo Estado Português) em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros !!!
Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM !

Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!!

Ver Mais

domingo, 24 de julho de 2011

Cuidado com as Imitações

Estimado ouvinte, já que agora estou consigo
Peço apenas dois minutos de atenção
É pra contar a história de um amigo
Casimiro Baltazar da Conceição

O Casimiro, talvez você não conheça
a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa
mas lá no burgo, por incrível que pareça
era, mais famoso que no Vaticano o Papa

O Casimiro era assim como um vidente
tinha um olho mesmo no meio da testa
isto pra lá dos outros dois é evidente
por isso façamos que ia dormir a sesta

Ficava de olho aberto
via as coisas de perto
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)

Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Lá na aldeia havia um homem que mandava
toda a gente, um por um, por-se na bicha
e votar nele e se votassem lá lhes dava
um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital
Uma escola e prédios de habitação
e uma capela maior que uma catedral
pelo menos a julgar pela descrição

Mas... O Casimiro que era fino do ouvido
tinha as orelhas equipadas com radar
ouvia o tipo muito sério e comedido
mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar

E... punha o ouvido atento
via as coisas por dentro
que é uma maneira de melhor pensar
via o que estava mal
e como é natural
tentava sempre não se deixar enganar
(e dizia ele com os seus botões:)

Cuidado, Casimiro
cuidado com as imitações
Cuidado, minha gente
Cuidado justamente com as imitações

Ora o tal tipo que mandava lá na aldeia
estava doido, já se vê, com o Casimiro
de cada vez que sorria à plateia
lá se lhe viam os dentes de vampiro

De forma que pra comprar o Casimiro
em vez do insulto, do boicote, da ameaça
disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça

Mas... O Casimiro que era tudo menos burro
tinha um nariz que parecia um elefante
sentiu logo que aquilo cheirava a esturro
ser honesto não é só ser bem falante

A moral deste conto
vou resumi-la e pronto
cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro pra ter
sempre cuidado pra não se deixar levar.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Refundação" Adiada?

Realizam-se este fim-de-semana eleições directas para "eleger" o Secretário-geral do PS. ( grafei de propósito o "eleger" porque já há tempos que está "eleito") dados os vícios de que enferma a nossa democracia, que torna um acto eleitoral deste tipo (e outros) um mero formalismo.
Aparentemente isto só diz respeito aos militantes deste partido.

Repito convictamente a velha ideia de que o melhor sistema Democrático é aquele em que vivemos. Ou seja a representatividade democrática deve assentar nos Partidos políticos. Algumas ideias que vão sendo difundidas de que o mal está nos partidos e nos políticos, parece-me bastante perigosa.

Agora uma coisa são os políticos que se entregam a causas e as servem. Outra coisa são os políticos que se servem dessas mesmas causas.
Infelizmente a nossa Democracia pariu uma geração de políticos que muito mais se aproveitam das causas que dizem defender do que as servem. Naturalmente que há excepções.
A má reputação de que gozam os políticos Portugueses obriga a que tudo seja repensado e que os militantes que o são por opção ideológica, imponham as mudanças necessárias para acabar com a teia de interesses que à volta dos seus partidos se instalou.

Li já hoje que (Link) há uma fraca mobilização para o voto no secretário geral do PS a eleger entre hoje e amanhã . Pelos números apontados vão votar pouco mais dos que os membros do chamado “aparelho” A grande massa de inscritos ao exemplo do que já aconteceu anteriormente não vota, deixando para os outros a decisão de quem vai dirigir um grande partido democrático nos próximos tempos.

Quando falo em representatividade democrática ela só existe quando a mesma começar no interior dos próprios partidos, só assim ela se transmite ao País.
Seja qual for o candidato eleito, dos dois com hipóteses, se só votarem pouco mais de 20.000 militantes num universo de 116.000 a representatividade fica ferida de morte e as condições para fazer a tal “refundação do PS” fica seriamente comprometida.

Um Secretário-geral eleito pelo aparelho, que trocado por miúdos não são mais do que Deputados, Presidentes e vereadores de Câmaras, membros das juntas de freguesia, Presidentes de Federações e concelhias mais os restantes membros, mais umas centenas de assessores chefes de gabinetes etc…etc… Será sempre um Secretário-geral refém dos apoios que “interessadamente” lhe foram sendo manifestados, em muitos casos conforme as modas iam parando. Naturalmente que também haverá neste conjunto gente que dá o seu apoio convictamente sem esperar nada em troca.

Tenho pena, mas parece-me que ainda não é desta.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Para a pessoa mais importante na minha vida


Escrever qualquer coisa em jeito de parabéns à pessoa mais importante na minha vida, a minha filha. Tornou-se complicado e tarefa que não consegui concretizar.
Escolher uma musica para uma melómana que faz rádio desde criança (ainda no tempo das piratas) outro problema. Mas do Bob Marley sei que gosta, Aliás acho que foi o seu primeiro ídolo, não fosse esquecer que no seu quarto, não havia espaço para um simples calendário. As paredes estavam ocupadas com aquele "barbudo feio" como eu lhe dizia na altura para a "chatear"
Pronto o texto está uma lástima, salve-se a canção.

Parabens Catarina pelos teus 36 Anos e já agora pela conclusão do teu licenciamento. Beijinho

quarta-feira, 20 de julho de 2011

No dia da Amizade

Poema da amizade- Albert Einstein

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nelson Mandela 93 Anos

África do Sul canta 'parabéns pra você' pelos 93 anos de Nelson Mandela

JOHANNESBURGO — A África do Sul comemorou nesta segunda-feira o 93º aniversário de Nelson Mandela: as crianças das escolas cantaram para o ex-presidente, e toda a população foi convidada a realizar boas ações em homenagem a sua luta política.

Por iniciativa de sua fundação, o 18 de julho foi declarado "Dia de Mandela", data reconhecida agora pela ONU como uma convocação mundial para que cada pessoa consagre 67 minutos de seu tempo a ajudar seus semelhantes, conforme os valores defendidos pelo ex-presidente sul-africano.

Estes 67 minutos representam os 67 anos que Mandela dedicou ao combate do apartheid e por uma democracia multirracial.

Em todas as escolas da África do Sul, às 08H05 (03H05 de Brasília), mais de 12 milhões de crianças cantaram um "parabéns para você" especial, africanizado para a ocasião por um compositor sul-africano.

Rádios e televisões transmitiram a canção e todos os moradores do país foram convidados a cantá-la ao mesmo tempo.

"Como primeiro presidente de uma sociedade livre e democrática na África do Sul, ele criou as bases de uma sociedade verdadeiramente não racista, não sexista, democrática e próspera", declarou o presidente Jacob Zuma em sua mensagem de felicitação.

No âmbito da operação do Dia de Mandela, os sul-africanos foram convidados a limpar ou pintar os colégios e orfanatos, a reparar as casas em mau estado em favelas pobres, a ajudar os necessitados, a doar sangue, etc.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ampliou a operação, exortando todos os cidadãos do mundo a consagrar também 67 minutos a fazer o bem.

Nelson Mandela, presidente de 1994 a 1999, se retirou da vida política em 2004. Dada a fragilidade de seu estado de saúde, comemorará o aniversário em família em sua cidade de Qunu, no sul do país.

Copyright © 2011 AFP. Todos os direitos reservados

Um poema à segunda-feira

E Aprendemos
Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,

E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas

E começamos a aceitar as derrotas
De cabeca levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...

E os futuros têm um forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.

Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.

E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...

E em cada dia aprendemos.

domingo, 17 de julho de 2011

Quinta do Bill - Onde Sei Viver



Tenho a mania de me equilibrar
Nesta corda bamba
Onde a sorte salva o medo
Mas tenho a consciência clara
Que não estou certo
Para o dever da decisão

Onde a razão falha
Onde falha a sensatez
Onde a raiva esconde a dor
Não me deixes desistir (sem ti)
Neste tempo, onde sei viver.

Perdido numa timidez
Que deixei crescer
No conforto da mentira
Onde a ambição afoga a pena
Onde a cobardia incita o esquecer.

Onde a razão falha
Onde falha a sensatez
Onde a raiva esconde a dor
Não me deixes desistir (sem ti)
Neste tempo, onde sei viver.

Composição: João Portela

sábado, 16 de julho de 2011

Zeca Afonso - Os Vampiros (Original)


Escolhi de propósito a versão original de os Vampiros, cantada e editada em 1963 (apesar de vir a ser proíbida pelo regime fascista).
Tantos anos depois é incrivel mas continua a apetecer ouvir, sentir e perceber a actualidade da letra. A "imortalidade" das canções do Zeca fazem-se sentir neste momento de grande incerteza. Há de facto quem ande a comer tudo e a não deixar nada.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Zé Povinho faz 'manguito' à Moody's

A empresa Faianças Bordallo Pinheiro vai esta tarde lançar uma edição especial da conhecida personagem do Zé Povinho na qual aparece a fazer um 'manguito' à Moody's, reagindo à descida do ‘rating’ da dívida portuguesa, esta semana.

"O Zé Povinho não ficou alheio às ondas de choque provocadas por uma das notícias de que mais se tem falado em Portugal, e decidiu mostrar todo o seu descontentamento enviando um 'manguito' à agência de notação financeira que recentemente baixou o ‘rating’ da dívida portuguesa para 'lixo'", lê-se no comunicado de imprensa, que revela que a primeira figura irá estar à venda a partir de 22 de julho.

Esta edição especial da figura criada por Rafael Bordallo Pinheiro na revista 'A Lanterna Mágica' em 1875 será comercializada "dentro de uma caixa própria, acompanhada de um postal endereçado à Moody’s, onde cada um poderá escrever a sua opinião e, posteriormente, enviar para a sede da agência de ‘rating’".

De acordo com a empresa, "esta peça, que traduz um sentimento generalizado em muito países europeus, tem sido alvo de interesse por parte de inúmeras pessoas da Grécia, Irlanda e Itália e dado o evoluir da situação, espera-se que outros países venham a aderir à iniciativa pois existe um interesse crescente por simbologias de protesto com história, como esta".

No dia 5 deste mês, a Moody's em quatro níveis o 'rating' de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk). A decisão originou um coro de protestos por parte dos principais líderes europeus e tem motivado uma série de iniciativas em Portugal como manifestações e ataques ao site da agência.
@Lusa

José Viana canta o "Samba de uma Nota Só"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Depois dos temporais


Sempre viveram no mesmo barco
Foram farinha do mesmo saco
Da mesma marinha, da mesma rainha
Sob a mesma bandeira
Tremulando no mastro
E assim foram seguindo os astros
Cortaram as amarras e os nós
Deixando pra trás o porto e o cais
Berrando até perder a voz
Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais

E assim foram seguindo em frente
Fazendo amor pelos sete mares
Inchando a água de alga e peixe
Seguindo os ventos
As marés e as correntes
O caminho dos golfinhos
A trilha das baleias
E não havia arrecifes
Nem bancos de areia
Nem temores, nem mais dores
Não havia cansaço
Só havia, só havia azul e espaço

Composição: Ivan Lins / Vitor Martins

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nah! Acho que não...

Não sou muito de assistir a debates na televisão, até porque em geral por razões de saúde e profissionais preciso de dormir pelo menos 7,5 horas por noite.

Como penso que as soluções preconizadas pelo actual governo e pelos partidos que o sustentam não servem os interesses do País, acompanho com algum interesse o actual processo de eleição dum novo secretário-geral no PS.

Como não sou militante ainda não tinha assistido a nada para, que pudesse aferir qual dos dois candidatos terá maior capacidade de “refundar” aquele que quanto a mim é o partido que melhores condições tem para conduzir os destinos do País, tendo em conta o expectro político partidário actual e partindo do príncipio de vamos continuar a ter eleições livres.

A sensação com que fiquei deste debate foi a de que há uma grande pobreza de ideias mobilizadoras. Refiro-me ao que me foi dado ver. Dizem-me que nos debates com os militantes tem sido diferente, mas esses não vi.

Para além de ficarmos a saber que estamos perante dois profissionais da política (não sei se algum, fez outra coisa qualquer na vida) que pelos anos ao serviço da mesma, já devem ter adquirido o direito ao tal subsídio vitalício que não sendo exactamente uma reforma dourada é pelo menos prateada se olharmos para o salário médio dos Portugueses.

Se fosse chamado a votar nenhum dos dois me convencia (pelo que vi no debate). Se fosse chamado a intervir isto é se fosse militante do PS procuraria no tempo certo contribuir para a eleição de um secretário-geral, fiel à história do PS à ideologia que lhe deu razão de existir e apontasse para a construção de uma sociedade mais justa. Alguém que pela experiência de vida, conheça o que se passa cá fora, longe dos corredores do poder, aqui ou em Bruxelas.

Enfim. Como não sou dado a grandes ilusões, também não sofro grandes desilusões.
Apenas sinto que assisti a um espectáculo algo deprimente e pouco edificante, sobretudo quando há que curar as feridas do combate perdido e reorganizar as tropas não só no seio das altas patentes mas tambem ao nível dos soldados "rasos". Não sei se se aprendeu alguma coisa com uma certa forma de fazer política, que levou um grande partido democrático a um estado quase comatoso.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nova Feira da Ladra


Qualquer semelhança com aquelas vendas que estão para ser feitas a preços de saldo, tendo em conta que há quem insista em fazer crer que não passam de lixo, é pura coincidência.
Apenas uma bonita voz emprestada a uma excelente canção escrita e cantada por dois grandes senhores da poesia do fado e da cidadania: Ary dos Santos e Carlos do Carmo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Caça às bruxas?

Governo passa à lupa as nomeações de Sócrates dos últimos anos (ver noticia)
Sabemos que um dos ”azares” de José Sócrates, foi o ter-se “deixado” rodear por um conjunto de “más companhias” que directa e indirectamente lhe criaram problemas acrescidos para além dos da governação difícil a que teve que fazer frente. Sabemos que foram nomeados Boys para lugares altamente remunerados e que se mantêm dúvidas sobre a capacidade real de alguns exercerem certos cargos de nomeação política, mas não só.
Naturalmente que com a mudança de governo não se esperaria outra coisa do que ver os cargos de nomeação política serem revistos.
Agora o que nunca poderá acontecer é uma intensiva caça aos diversos funcionários públicos que entraram em funções durante a governação socialista e só por terem um cartão do PS no bolso, serem afastados. Esperemos que a pretexto dos Boys do PS não se venha a assistir a uma nova enxurrada de nomeações de Boys do PSD/CDS

"Poetas não fiquem calados"

Zeca Afonso
Meu irmão
Aqui vou-te recordar
Foi com a tua canção
Que vi tropas a marchar
Para libertar Portugal

Com alegria marcharam
Foi uma alegria total
Sangue não derramaram
Portugal já era livre

Grita o povo com alegria
Vi lágrimas a correrem
Em muitos rostos cansados
Abraços…risos…nostalgia

Para muitos alegria
Para outros tristeza
Em Abril foi nesse dia
Que se teve a certeza
Que jamais tornaria
Portugal amordaçado
Eram risos e alegrias
Em muitos rostos estampados

Vivas a Portugal
E também a seus soldados
Libertamos Portugal
Não vamos ficar calados

Pois não queremos voltar
A ter Portugal amordaçado
Viva Portugal de Abril
Poetas não fiquem calados

10/04/2007
Edyth Teles de Meneses

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Lixo e respectiva Reciclagem

Sei que o assunto é sério. Tão sério que as minhas preocupações já ultrapassaram a fase do lixo. Já só penso na reciclagem. Pois! Como  tenho algum metal, desde Stents nas Coronárias a uns pedaços de metal a segurar o Rádio e o Cubito talvez tenha sorte e se apreveite qualquer coisinha, quem sabe talvez dê para fazer "parafusos" (esta era para ser a brincar,  não acho piada nenhuma, mas segue).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"De não saber o que me espera"

   De não saber o que me espera
Tirei a sorte à minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia
Vítima de só haver vaga
Entre uma mão e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda
Viemos pelo sol nascente
Vingamos a madrugada
Mas não encontramos nada
Sol e àgua sol e àgua
De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é recta

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lixo… A Pata que os Pariu

Recordo os tempos em que se discutia a nossa entrada na Europa (então CEE) Um dos argumentos usados contra essa entrada era a de que nos iríamos transformar no” Caixote do Lixo dessa mesma Europa”. Na verdade, estes anos todos depois verificamos que não só nos transformámos nesse caixote de lixo (da Europa e não só) como nos tornámos dependentes desse “lixo” Dizem os entendidos que só em temos alimentares dependemos em 70 a 80% de importações.

Agora parece-me que nesses tempos ninguém previu foi que um dia, em termos financeiros faríamos parte do Lixo dessa mesma Europa.

Eu sei que os interesses da especulação financeira determinam este tipo de avaliações mas será que vamos ficar impávidos e serenos a pagar as consequências e não fazer nada?

Eu sei que o orgulho Nacional anda assim um bocado por baixo, mas não somos capazes nem que seja de chamar uns nomes feios àqueles avaliadores/especuladores sem rosto.

Ainda me lembro, quando Scolari fez um apelo plenamente correspondido de pôr bandeiras Nacionais em tudo quanto era sítio. Recordei este fim-de-semana (não ao vivo) a presença da Luso descendente Nelly Furtado a cantar “Força” como incentivo à nossa selecção. Tá bem que eram “futebóis” mas na verdade sentiu-se nessa altura uma forte manifestação de orgulho Nacional.

Não será altura de fazer algo?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pra Não Dizer Que Nao Falei Das Flores

Em geral, cada canção tem uma estória com um determinado conteúdo que muitas das vezes não chegamos a perceber bem. Na verdade há canções de que gostamos e nunca percebemos verdadeiramente as mensagems nelas contidas. Hoje ao ler os comentários no “a Flor de Jasmim” um poeta Brasileiro que dinamiza um excelente blogue “Vozes da minha Alma” que já diversas vezes visitei, publicou num comentário, um extracto de um poema que logo identifiquei com uma canção que teria ouvido e participado no coro que milhares de vozes entoaram, entre elas a minha. Como tinha o nome do autor fiz uma pesquisa que os meios, hoje à nossa disposição permitem. Sinceramente o nome do autor não me dizia nada, mas rapidamente conclui que era pura ignorância, trata-se de Geraldo Vandré um cantor e autor Brasileiro que se destacou na luta contra a ditadura militar Brasileira e que em 1968 escreveu e cantou esta canção que rapidamente se tornou um hino contra essa mesma ditadura.

domingo, 3 de julho de 2011

Idas à Praia (memórias)

Não sou amante de praia, mas um apaixonado pelo mar. Antes de viver no campo passar 2 ou 3 dias sem o ver provocava-me uma enorme saudade. Em muitos dos meus maus momentos dava um salto a visitá-lo. Era como que se de um calmante se tratasse, tal o efeito.
Como sempre vivi a poucos Km do mar há largos anos que com facilidade lá me desloco.
Hoje fomos tomar um café à beira mar. Apesar de não estar um dia particularmente quente às 11 horas, já foi uma chatice estacionar. Enquanto olhava para as ondas recordei algumas das peripécias por que passava em criança para ir à praia, apesar de estar apenas a 10 Km de distância.

Lá em casa havia uma bicicleta usada pelo meu Pai e uma carroça que para além de ajudar nalguma agricultura de subsistência para complementar o unico sálário existente, era o transporte colectivo da família. A família era composta para além dos pais, por mais 3 filhos. Haveria de ser aumentada, mas já muito mais tarde com a mana mais nova.

Nos dias de ir à praia , a Mãe levantava-se de madrugada para tratar do almoço que embrulhado em jornais e pedaços de cobertor, se mantinha quente durantes umas horas. Cedinho lá se aparelhava o Burro à carroça e carregava-se com o necessário para o almoço e os demais utensílios, como estas viagens se fizeram durante anos e o Burro não foi sempre o mesmo, apenas me lembro de um dos nomes “Jerico”. Aliás penso que o Burro mudava, mas o nome mantinha-se.

Bastante cedo lá partíamos direitos a S.Pedro de Moel. Mãe e Pai no banco e os restantes passageiros arrumados no porta bagagens à mistura com o tacho e as louças (naquele tempo não havia descartáveis). Recordo que a primeira paragem era numa tasca na Guarda Nova, onde o meu Pai “matava o bicho” com um “traçadinho” despejando uma parte na palma da mão dando de beber um pouco ao Jerico pois a aguardente misturada com ginja “ajudava” a ganhar força.

A carroça era altamente "confortável". As rodas eram de madeira com uma cinta de metal à volta para não a desgastar. A suspensão era composta por uma molas de ferro que muito pouco amorteciam.

O problema maior, eram as subidas e descidas do percurso, o que obrigava a inúmeras paragens para nos apearmos quando a subida não conseguia ser vencida pelo Jerico e quando a descida era mais acentuada e mesmo com a ajuda do travão de mão da carroça era insuficiente e o Jerico era vencido pela gravidade e acabava por ajoelhar. Neste caso lá tínhamos que ajudar a segurar a Carroça.

De peripécia em peripécia algumas horas depois lá avistávamos o mar depois de vencida a ultima subida. Recordo o prazer e os gritos de júbilo quando lá ao fundo avistávamos aquela imensidão de água azul. Ainda hoje apesar do maior número de construções a visão é a mesma e a sensação de prazer também.

Todo este percurso era feito na mata de Leiria e ali mesmo quando terminava era o nosso “estacionamento” e local para o Pic-Nic (neste local existe hoje um monumento ao Rei D.Diniz e à Rainha Santa Isabel). Era desatrelar o Jerico prendê-lo a um pinheiro, dar-lhe almoço composto por palha seca e água. Acabado o "repasto" vai de arrumar tudo, deixar o Jerico a tomar conta dos haveres e lá íamos 1 ou 2 horas para a praia, porque a viagem de regresso era longa. Havia ainda tempo para dar uma voltinha nos baloiços do parque infantil, já existente junto ao Bambi.
Esta estória repetiu-se muitas vezes e eram momentos de grande felicidade pois também nós, íamos à praia.

Apesar de hoje ser impensável repetir a façanha, fazíamo-lo com gosto pois tomar umas banhocas e brincar no mar agarrados às bóias que não eram mais do que câmaras-de-ar que pedíamos na recauchutagem Seiça, traduzia-se num prazer indiscritível.

Claro que nem sempre corre tudo bem. Houve um dia em o Jerico decidiu vir embora e deixar-nos a pé. Coisas que acontecem.

sábado, 2 de julho de 2011

Injecção de "Penicilina"

Assim de repente vieram-me à memória os meus tempos de jovem e as frequentes infecções na garganta (sei qual a razão mas para aqui não interessa)

Talvez porque os antibióticos não estivessem tão desenvolvidos, raramente escapava a ter que levar penicilina sob a forma de injecção. Nunca percebi bem mas cada injecção era injectada por duas vezes. Recordo que doía para “caramba” e se a primeira dose era dolorosa a segunda então não se fala. O pior era quando uma daquelas ampolas gigantes não eram suficiente e pouco tempo depois era necessário repetir o procedimento, era pura e simplesmente traumatizante. Mas o pior ainda era quando o enfermeiro era daqueles do tipo “toca a aviar” os efeitos daquelas espetadelas perduravam imenso tempo.

Ao aprofundar a leitura semanal onde um dos assuntos em destaque é (usando palavras do Conto do Vigário) o meio Peru que já se foi. Não posso deixar de pensar que estamos entregues à “bicharada” e quando faltar o bago para atingir as metas propostas lá vai mais uma dose de penicilina doa o que doer. Este ano é parte do 13º Mês para o ano será o …?

Pronto traumas de outros tempos. Levar a primeira era uma chatice e ficava aterrorizado com a hipótese de ter que levar a segunda, injecção claro!

Todo o tempo do Mundo

Muitas vezes absorvidos com os nossos problemas e preocupações acabamos por nos tornar egoístas ao ponto de nos esquecermos que aqueles que amamos, também têm problemas e preocupações. Sem querer, acabamos por nos fechar e não dar a atenção devida a quem dela precisa.
As canções do Rui Veloso escritas pelo Carlos Tê contam sempre uma estória. Por vezes ouvimos, gostamos mas não nos debruçamos no seu conteúdo.
Um dia alguém que amo muito, no final duma pequena discussão, disparou: mais ou menos isto “já que gostas tanto do Rui Veloso, ouve a canção (todo o tempo do mundo) e reflecte”.
Já passou muito tempo. Relembro sempre emocionado, este episódio quando ouço esta canção.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Adeus tristeza

Ao longo da vida foram muitos os momentos de tristeza porque passei. A musica sempre foi uma boa ajuda . Provavelmente nos ultimos 37 anos nunca a tristeza e a incerteza atingiu tanta gente. Deixo-vos uma canção já com uns anitos brilhantemente cantada pelo Fernando tordo. Nos meus piores momentos tento, sempre que possível ouvi-la. Volto a partilhá-la convosco.