quinta-feira, 24 de março de 2011

Ressaca ((2)

Dos abundantes comentários e noticias que ao longo do dia foram produzidos acerca da situação politica portuguesa de que fui apanhando uns bocados aqui e ali, ressalta uma ideia. Portugal e as suas instituições Democráticas eleitas pelo voto dos Portugueses perderam o direito de decidir sobre questões da sua soberania. Mal ou bem a maioria da Assembleia da Republica em pleno uso do seu mandato, tomou a decisão de rejeitar um conjunto de medidas que inabilmente (digo eu) o Primeiro Ministro decidiu negociar com os “donos” da Europa sem passar cavaco a ninguém. Em face dessa rejeição previamente anunciada em jeito de chantagem o Primeiro Ministro e o respectivo Governo decidiram apresentar a demissão, direito que também Democraticamente lhes assiste.

Face a estes acontecimentos caiu-nos tudo em cima. Apenas porque mais de 60% dos representantes dos votantes nas ultimas eleições legislativas rejeitaram um tal de Pec não sei quantos.

Põe-se a questão para quê uma assembleia da Republica que só serve se estiver alinhada com Bruxelas e os donos da Europa. Sim a gente precisa de quem nos empreste o graveto mas a que preço? Não me refiro só à taxa de juro.

Apetece-me recordar uma parte duma canção cantada por José Mário Branco.

De quem é o Carvalhal??? É Nosso!!!



3 comentários:

Isa GT disse...

Infelizmente, quando os nossos governantes andaram, há décadas, a receber dinheiro e a hipotecar o futuro do nosso país,e, em vez de usar o dinheiro para aumentar a produção, foi só esbanjamento como se o dinheiro fosse infinito.
Isto nem é preciso ser economista porque quando fazemos uma hipoteca ao banco e pedimos um empréstimo, podemos pensar que a casa é nossa porque habitamos nela mas na verdade, apesar de a pagar todos os meses, até pagar o empréstimo e os juros, ela continua a ser do Banco.
Portugal deixou de ser nosso há muito tempo e agora ainda vai ser pior que da outra vez que o FMI cá entrou, porque nessa altura ainda havia alguma indústria, pesca e agricultura e agora?
Só temos serviços, futebol, concertos... e muitas dívidas, algumas que ainda estão para começar a pagar daqui a dois anitos, muitas das tais parcerias público-privadas que vão ser o balde de cal neste enterro mais que anunciado.
Como eu já tenho dito a pessoas conhecidas, se elas pensam que já estão a apertar o cinto, desenganem-se porque o pior ainda está para vir.

Pedro Coimbra disse...

A União Europeia, sob comando da senhora Merkel, tende a ser mais dura que nunca.
Haja quem lhe saiba meter o dedo no nariz também!

Flor de Jasmim disse...

Não foi por acaso que senhora Merkel disse aos jornalistas sou eu o primeiro-Ministro de Portugal, são todos uma cambada de filhos da p... e nós é que se vamos lixar, ainda mais do que já estamos, essa é que é a realidade e eles enchem a pança a torto e a direito ás nossas custas.
Beijinho