sexta-feira, 19 de junho de 2009

De animal feroz a ovelha ronhosa

Usa-se com frequência a expressão "ovelha ranhosa" o que é errado. A expressão correcta é "ovelha ronhosa" ou seja ovelha que faz ronha.

Isto a propósito da metamorfose operada de um dia para o outro no "comportamento do Primeiro Ministro José Sócrates.

Não sou muito de malhar em ferro frio, nem de bater onde todos batem, mas depois de ver, ouvir e ler muito do que se disse e escreveu a seguir ao resultado das eleições, não vi mais ninguém defender o afastamento de José Sócrates da liderança do PS e consequentemente da sua candidatura a 1º Ministro.

Costuma dizer-se em linguagem futebolistíca que em equipe que ganha, não se mexe, mas esta perdeu duma forma estrondosa e até humilhante.

Quem ler isto pensará certamente que tenho algo de pessoal contra o Homem, mas não é verdade. Estou é preocupado com a resignação com que o PS se prepara para deixar o poder cair nas mãos da direita, mantendo José Sócrates á frente da liderança e concorrer a Primeiro Ministro.

Em politica não há a inevitabilidade de ter que ser este ou aquele o candidato ideal a isto ou aquilo. Em politica especialmente quando se trata de eleições os cabeças de lista têm que ser os melhores, têm que oferecer confiança ao eleitorado, nunca podem ser aqueles que prometem coisas que não cumprem e ficam inevitavelmente "queimados". O nosso eleitorado (especialmente o que vota) está cada vez mais consciente.

Oxalá me engane, mas não basta passar de animal feroz a ovelha ronhosa, que em 3 meses se limpa a imagem criada durante 4 anos.

Conheço alguns "católicos" que quando confessam os seus pecados ficam aliviados e logo a seguir voltam a cometer os mesmos e outros.

O PS quanto a mim vai pagar caro não ter tido a coragem de mudar de rumo e de timoneiro o que vai fazer com que nos deixe de herança um poder de direita, mas pelas praticas anteriores vamos ver dentro de alguns tempos a recompensa, vendo muitos dos actuais dirigentes do PS e do Governo actual sentados nas administrações de bancos, empresas publicas e participadas, institutos e outras compensações habituais.

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